segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A cavadinha no pênalti : de Panenka aos dias de hoje

   Criada pelo tcheco Antonín Panenka, a cavadinha é um forma diferenciada de bater o pênalti e é conhecida mundo afora como pênalti "à la Panenka" devido ao seu criador ter batido o penalti na final da Eurocopa de 1976, contra Sepp Maier, um dos maiores goleiros alemães da história, dessa maneira : a bola ao ao invés de ir em linha reta, faz uma parábola, sobe e depois cai dentro do gol. O feito correu o mundo e inúmeros outros jogadores ficaram famosos por fazer gols de pênalti dessa maneira, assim como perderem pênaltis nessa modalidade.



    No Brasil, Djalminha utilizou esse recurso algumas vezes e obteve êxito. Já Neymar, na final da Copa do Brasil de 2010 contra o Vitória, bateu o pênalti e o goleiro ficou em pé e defendeu sem nenhuma dificuldade. Montillo, então no Cruzeiro, bateu pênalti nessa maneira e a bola passou acima do travessão, devido ao mau cálculo da força empregada na batida.
 

   Mas quando se fala de cavadinha, não tem como esquecer de dois jogadores que se caracterizaram pela ousadia e personalidade ao utilizarem ela em situações absolutamente inesperadas, devido à responsabilidade dos respectivos momentos: Berlim, 9 de julho de 2006, final da Copa do Mundo entre Itália e França. Pênalti para os Bleus aos 8 do primeiro tempo. Zidane na cobrança.O craque francês surpreende Buffon e o mundo ao cavar a bola e ela caprichosamente tocar o travessão e dentro do gol e depois sair, com efeito. Cobrança espetacular mas muito arriscada. Gol da França, do maestro Zizou.
Quarta de final da Copa do Mundo de 2010, em Johanesburgo, na África do Sul. Decisão nos pênaltis entre Uruguai e Gana. A disputa estava empatada e se o próximo jogador uruguaio convertesse o pênalti em gol, a Celeste iria à semi-final. Mas esse jogador era "Loco" Abreu. Sim, o mesmo que já havia marcado de cavadinha em uma final de campeonato carioca contra o Flamengo, quando jogava pelo Botafogo e que tinha no currículo obras coerentes com seu apelido, "Loco". Pois bem,  Loco Abreu espanta o mundo ao cobrar de cavadinha e com perfeição e classificar o Uruguai para a semi-final do mundial.






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