Olá amigos e amigas que nos acompanham. Espero que estejam todos muito bem, assim como o Guilherme do Atlético Mineiro que fez o gol salvador
que levou o Galo à disputa de pênaltis e credenciou esse a lutar pelo título da Libertadores da América, em duas grandes finais: um grande exemplo de superação.
Esse é o nosso tema de hoje : o futebol oferta o céu e o inferno para vários jogadores e o processo de passagem de um lado para o outro pode ser muito lento,
apesar de muitas vezes ocorrer de forma rápida. Lágrimas, sorrisos, depressões, voltas por cima, superação, redenção, calvário. Esse é o futebol moderno.
Julio Cesar, junho de 2010. Porto Elizabeth, Brasil x Holanda, África do Sul. Um cruzamento na área e um erro. Erro este que mudaria a vida inteira do arqueiro brasileiro.
Julio entrou em depressão, começou a jogar mal, saiu de um time de ponta na Itália e foi jogar em um time pequeno na Inglaterra. Dois anos se passaram
e o goleiro se torna um dos heróis da conquista do tetra da Copa das Confederações pela Seleção Brasileira. Como prever isso? Como conseguir uma volta
por cima assim? Um holandês chamado Arjen Robben talvez saiba explicar. O camisa 10 do Bayern de Munique e seleção dos Países Baixos ficou famoso
por perder gols decisivos em finais e jogos valiosos. É, o Robben amarelava. Foi assim na final da Copa do mundo de 2010 contra a Espanha quando perdeu
gol feito e na final da Champions League de 2011/2012, quando jogando em casa , perdeu um pênalti e outra oportunidade que poderiam ter dado o título ao
Bayern e o sacramentado como herói. Mas ele falhou. Seu mundo desabou. Mas nessas voltas que o mundo dá, o holandês teve outra chance, talvez a última
pra se redimir : Wembley, Londres , maio de 2013, Bayern de Munique VS Borussia Dortmund, 43 do segundo tempo, o vilão virou herói, virou história positiva. Robben
exorcizou de vez a fama de amarelão e deu a UCL ao seu time(após ter perdido três oportunidades claríssimas de gol). Que reviravolta, não?
Porém, como foi dito antes, tem casos emblemáticos em que , torcedores e mídias praticamente aposentam jogadores. É o caso do ex-lateral Roberto Carlos.
O camisa 6 da seleção brasileira que venceu títulos com o Palmeiras e Real Madrid , além do título da Copa do Mundo pelo Brasil, viveu uma saga
que oscilou entre o céu e o inferno : cometeu erros cruciais na final da Copa do Mundo de 1998 e nas quartas de final da Copa de 2006, ambos contra a França.
A mídia não perdoou. Os torcedores também não. Vilão no Brasil tinha nome. Nem a grande quantidade de títulos conseguiu tirar esse rótulo do lateral e assim,
Roberto Carlos se aposentou.
Casos como os de Roberto Carlos, Robben, Julio Cesar e Guilherme (que tanto foi criticado no Galo Mineiro por ser ex-cruzeiro e nunca ser decisivo no Atlético)
acontecem sempre no futebol e o tempo para se dar a volta por cima é relativo. Pode ser longo, mas nem sempre a volta por cima acontece. E nessa peça de teatro
do futebol, vilões e heróis muitas vezes mudam papéis, se confundem. O que consideramos certo é que ninguém tem o direito de encerrar carreira de jogador de
futebol ou de atletas de quaisquer que sejam os esportes por alguma eventual falha que venha a ocorrer. A batalha do atleta no seu respectivo esporte só termina
com sua aposentadoria. E , utilizando o lema que o Atlético Mineiro vem usando na Copa Libertadores, o "Yes, We C.A.M ( Can ) tem que servir para todos os atletas
que se esforçam diariamente para terem uma oportunidade de dar aquela volta por cima. Futebol é democrático, para o bem ou para o mal.
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